quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Uma "história" partilhada pelo meu amigo Padre Pedro. 
Achei a mensagem muito importante, decidi também eu, partilhá-la. Espero que compreendam :)

É preciso ter muita coragem para enfrentar a doença, e mais ainda a
morte; mas a cada um, toca-lhe quando lhe toca e não vale a pena negá-lo.
Há que agarrar o touro pelos chifres. Foi a filha mais nova que me contratou
e me explicou a situação, falando com grande sinceridade e carinho diante da
mãe. Vi que a pobre senhora confiava muito na filha, pois exprimia os seus
sentimentos com muita naturalidade, dando nome às coisas.
Há muita gente a quem o medo faz negar a realidade, ou escapulirse,
e não vêem que, por mais que se queira fugir, o sofrimento existe, e a
morte também, e que é preciso falar de tudo isso. Esta filha está a despedirse
da mãe com todo o amor do mundo.
Senta-se junto dela a ver televisão, lê-lhe
um bocadinho, rezam, choram às vezes
juntas, e outras vezes riem às gargalhadas.
Tudo pelo facto de terem falado claro. Às
outras filhas, pelo contrário, a mãe nunca
pode dizer nada e, por isso, sentem-se
todas mais sozinhas e mais afastadas umas
das outras, vivendo na solidão este
momento tão importante e tão seu.
O noivo da pequena é um grande apoio e descanso para ela. Ao
visitá-la, não só a ajuda nas tarefas, mas consola-a, distrai-a e ouve os seus
desabafos. A Eva fala dos seus sofrimentos e temores e aprecia os momentos
em que o noivo lhe faz companhia. Ele está a ser um elemento muito
importante nesta ocasião tão dolorosa. Está a portar-se bem e, embora não
lho mostre a ela, anda muito assustado, pois este é o seu primeiro contacto
com a morte ...
Todos estão a ajudar a mãe a despedir-se da vida, e todos estão a
aprender a encarar a morte com ternura e solidariedade. A doente deixa-se
tratar, sabe que precisa de tudo e de todos, e os que estão à volta dela
sabem que são necessários e fazem o que podem. É encantadora toda esta
rede de carinho que os envolve todos. Todos estão a aprender um pouco
com esta grande história de dor e de amor. Esperança 
Padre Pedro


4 comentários:

  1. Boa noite...
    desculpe se esta mensagem vai ser muito pessoal, mas estou a chorar sozinha neste momento, e li aqui num post a algures que isso lhe costuma acontecer muitas vezes.. Tenho bronquiectasias desde os 2 anos.. tenho 22 agora! 20 anos de infecções mensais, antibioticos mensais, pneumonias quase mensais.. a dor de ser diferente das pessoas da minha idade é muito forte... Ontem fui sair a noite com as minhas amigas e hoje já me sinto um caco.. E elas estão bem, em casa, nas suas vidas habituais... Onde é que se arranja força para ultrapassar isto tudo? Hoje precisava mais do que tudo de contactar com alguém que sofresse do mesmo, e cheguei aqui. Desculpe o desabafo.. uma boa noite *

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    1. Olá, peço imensa desculpa mas só hoje vi a sua mensagem. Gostaria muito de poder trocar as nossas experiências. Se estiver interessada, deixo-lhe o meu e-mail. aguardo um contacto seu: betensimoes@hotmail.com

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  2. gente por favor estou desesperada tenho um filho d 9 anos q tem esta doença meu nome é Jeanne Perez da Silva e gostaria muito q uma de vcs falacem comigo me desculpem mas é um pedido de mae

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    1. estou aqui :) (rapariga do comentário anterior)

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